



O Samba do Crioulo Doido: régua e compasso
Brasil e França, 2020 - 15 minutos
Roteiro e Direção: Calixto Neto
Com: Luiz de Abreu, Calixto Neto, Jackeline Elesbão, Pedro Ivo Santos e Fabrícia Martins
Câmera: Calixto Neto e Anderson Feliciano
Edição: Calixto Neto, Virginie Aubry e Étienne Aussel
Apoio: Centre National de la Danse e Festival Panorama
Filmado em Salvador, Brasil, e Pantin, França, em 2020.
O encontro intergeracional entre dois artistas negros é um evento (infelizmente) raro e incrível. Consciente dessa oportunidade única, Calixto decidiu registrar esse encontro, que aconteceu em Salvador, Bahia. O filme mostra o processo de transmissão de uma obra de dança histórica, significativa para a comunidade artística brasileira, especialmente a comunidade negra, por sua força política, genialidade e mensagem poderosa de resistência.
Gilberto Gil, um dos músicos mais famosos do Brasil, disse uma vez que a Bahia lhe deu "régua e compasso," ou seja, a Bahia lhe ensinou a viver e a ser ele mesmo. O Samba do Crioulo Doido: Régua e Compasso é um gesto necessário para que as histórias de artistas negros não sejam mais apagadas ou esquecidas de nossos relatos históricos.
Pro Futuro Quilombo
França, 2020 - 20 minutos
Roteiro, Direção, Câmera e Edição: Calixto Neto
Agradecimentos: Clément Vergé e Carolina Campos
Comissionado por: Programa Brasil Sequestrado (Eduardo Bonito e Isabel Ferreira), França, 2020
Criado no âmbito do programa Brasil Sequestrado, Pro Futuro Quilombo é uma carta enviada ao futuro. Produzido no contexto da crise sanitária causada pelo COVID-19, o filme assume a forma de um inventário falado, com a esperança de que um dia possa ser apresentado ao vivo, assim que as portas dos teatros reabrirem.
Pro Futuro Quilombo faz um retrato da sociedade brasileira a partir da perspectiva de uma pessoa da comunidade negra, destacando os três flagelos que atingiam a sociedade brasileira em agosto de 2020: o flagelo do racismo, evidenciado globalmente após o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos; o flagelo do fascismo, que ameaça ressurgir com força, encarnado pelo presidente Jair Bolsonaro; e o flagelo do COVID-19, que, exacerbado pelos dois anteriores, devastou a sociedade brasileira.

